Notícias da Região | China
Sexta-feira, 11 de Abril de 2025
Efeito Trump? China faz compra atípica de 2 milhões de toneladas de soja do Brasil
Quantia atípica equivale a quase um terço do volume de grão processado mensalmente pelos chineses. EUA e Brasil são os maiores exportadores globais

Com escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, importadores chineses antecipam compras e garantem 40 cargas do grão brasileiro para os próximos meses; qual o impacto do “efeito Trump”?
Clique aqui para participar do nosso grupo de WhatsApp
Tensão entre potências favorece o agro brasileiro. Em meio ao agravamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o Brasil se consolida mais uma vez como principal fornecedor de soja para o país asiático.
Segundo informações divulgadas pela Bloomberg, processadores chineses fecharam a compra de pelo menos 40 cargas de soja brasileira, o que equivale a aproximadamente 2,4 milhões de toneladas – quase um terço do volume mensal médio processado pela China.
As compras, consideradas atípicas e em grande volume, foram motivadas por dois fatores principais: a recente queda nos preços da soja brasileira, após meses de alta, e as incertezas comerciais causadas pela postura protecionista do governo de Donald Trump, que recentemente elevou tarifas contra a China para até 125%. Pequim reagiu anunciando retaliação com tarifas de 84%, o que reduziu drasticamente o apetite por grãos dos EUA.
Entrega para o trimestre crítico As cargas adquiridas pelos chineses têm entregas previstas para maio, junho e julho, período estratégico em que o país asiático historicamente depende da safra brasileira.
Mesmo com o esforço recente da China para diversificar seus parceiros comerciais, o Brasil se manteve como líder nas exportações de soja para o país, desbancando os Estados Unidos após sucessivos embates comerciais. Além da vantagem cambial e da queda recente nos preços, as margens mais altas no processamento interno do grão também pesaram na decisão dos importadores chineses.
O farelo de soja, importante insumo para a alimentação animal, viu seus preços subirem em meio ao clima de incerteza comercial. Cautela com o futuro e possível escassez Apesar do otimismo momentâneo para os exportadores brasileiros, a continuidade das tensões pode gerar um efeito colateral: a escassez de soja no mercado no último trimestre do ano. Isso porque, normalmente, a China retoma as compras da safra americana entre setembro e dezembro.
Com a elevação das tarifas, a tendência é de que os compradores chineses sigam atentos e aproveitem quedas pontuais de preço no Brasil para realizar novos embarques.
A título de comparação, essa movimentação expressiva da China ocorre no mesmo momento em que a empresa estatal responsável pelos estoques estratégicos acelerou compras dos EUA, antes da posse de Trump, e agora restringe drasticamente os negócios com os americanos.
Posse: Rifa Estrela Dalva Gás sorteia mais de R$ 400 mil em prêmios; participe por apenas R$ 5
Correio do Cerrado – Notícias que conectam você ao Nordeste Goiano e Oeste Baiano.
Siga nosso Instagram Correio do Cerrado